A Missa em Ação de Graças será realizada na Catedral São João Batista, às 10h. A celebração será presidida por Dom Itacir Brassiani
Nesta sexta-feira (15), a Diocese de Santa Cruz do Sul celebra um acontecimento importante de sua história. A data marca os 65 anos de instalação e a posse do primeiro bispo, Dom Alberto Frederico Etges. Criada pelo Papa João XXIII, no dia 20 de junho de 1959, a Diocese acolhe diferentes etnias e culturas a ao longo dos anos desempenhou um papel fundamental na promoção dos valores cristãos, no desenvolvimento espiritual e no apoio às comunidades locais. Atualmente é composta por 51 paróquias, incluindo santuários e mosteiros, casas de formação e retiros, numa área territorial que abrange 40 municípios do Vale do Rio Pardo e Taquari. A diocese está entre as seis da Província Eclesiástica de Santa Maria, dentro do Regional Sul 3 da CNBB.
A Missa em Ação de Graças aos 65 anos da Diocese de Santa Cruz do Sul será realizada na sexta-feira, 15 de novembro, na Catedral São João Batista, às 10h. A celebração será presidida por Dom Itacir Brassiani. Ao meio-dia haverá almoço de confraternização no Centro Comunitário da Catedral.
Em seis décadas e meia, foi agraciada pelo pastoreio de cinco bispos (fotos abaixo, na ordem): Dom Alberto Frederico Etges (1959-1986); Dom Aloísio Sinésio Bohn (1986-2010); Dom Canisío Klaus (2010-2016), Dom Aloísio Alberto Dilli (2016-2024) e Dom Itacir Brassiani, atual bispo diocesano. A Diocese ficou vacante (sem bispo) por alguns meses quando Dom Canísio foi nomeado bispo de Sinop-MT. Cada bispo contribui e coloca a serviço, segundo a ação do Espírito e o seu santo modo de operar, de um jeito particular, os dons que recebeu de Deus. Neste ano, a Diocese tem a oportunidade de poder contar com a presença de um bispo titular e de um emérito, presente nas atividades do dia a dia da Diocese, oferecendo um testemunho de unidade e comunhão.
Comunidades Missionárias
Desde a última Assembleia Diocesana (2021), a Diocese vem insistindo na necessidade de formar comunidades missionárias, isto é, pequenas comunidades que se reúnem em torno da Palavra, orientadas para a vida eucarística, fonte e meta de toda a missão. Não são os grandes eventos que sustentam a comunidade, mas a caminhada evangelizadora, inspirada nas primeiras comunidades cristãs. É importante rever métodos e estruturas, mas é indispensável o amor por Jesus Cristo. Se no centro da comunidade não está Cristo, então não poderá ser missionária. As palavras e a vida de Jesus que são anunciados aos jovens, as famílias, aos doentes, aos desanimados, ao encarcerados, aos pobres, aos que perderam o sentido da vida.
Vocações
É um tempo de escassez de padres e religiosos. “Enquanto tentamos responder aos desafios à luz do Evangelho, apresenta-se a necessidade de contarmos com ajuda dos diáconos, não para substituir a missão sacerdotal, mas para a realização daquilo que lhe é: o serviço a liturgia, a Palavra e, sobretudo, a caridade. Também urge a necessidade de leigos e leigas, testemunhas de Jesus Cristo nos diversos ambientes da sociedade. Esses também podem assumir serviços e ministérios no seio da comunidade cristã. Tudo isso não deve dispensar um trabalho vocacional mais personalizado e de alegre testemunho da vida presbiteral, que aceitou seguir Jesus Cristo. Na Igreja, os mistérios e serviços não se substituem, mas se complementam, numa verdadeira sinfonia vocacional“, defende a Diocese.
Iniciação à Vida Cristã
A Paróquia como casa da Iniciação à Vida Cristã (IVC) é um caminho importante para resgatar a fé. Uma inspiração mais catecumenal na preparação dos sacramentos favorece a proximidade, o vínculo e a continuidade na caminhada de fé. Antes, a família, como primeira educadora na fé, garantia a formação cristã. Hoje, a comunidade, por meio dos catequistas das diferentes etapas assumem um papel importante no processo da IVC.
Jubileu da Esperança
O Papa Francisco anunciou um Jubileu para resgatar a dimensão da esperança na vida de cada pessoa: O jubileu “possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a “nossa esperança” (1 Tm 1, 1). Este ano é de preparação através da oração e da reflexão sobre a oração do Senhor, o Pai-Nosso. A abertura do Ano Jubilar será na Véspera de Natal deste ano. E nas dioceses, no dia 29 de dezembro.
Caridade cristã
Ao comemorar 65 anos de Diocese, a igreja lembra o compromisso com todos os rostos sofridos da sociedade. Este ano a mobilização foi em atender da melhor forma possível os atingidos pelas enchentes, resultado das emergências climáticas. Muitos diocesanos foram atingidos, perderam seus bens e familiares. Ao mesmo tempo, há muita gratidão pela atitude de compaixão e ajuda mútua de diversos lugares do Brasil. Nos comprometemos em ser Igreja Samaritana em todos os momentos, porque “a caridade é inerente ao ser cristão” – assim repetiu diversas vezes Dom Aloísio Dilli nessa e em outras ocasiões. A Comissão Diocesana da Caridade, que integra todas as pastorais sociais continua trabalhando para que a diocese assuma cada vez mais a sua dimensão caritativa.
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