DESDOBRAMENTOS

Justiça acata parcialmente pedidos de ação civil pública do MP com relação a água em Santa Cruz

Publicado em: 30 de novembro de 2024 às 13:49
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Foto: Grupo Arauto
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    Ação foi ajuizada no dia 20 de novembro e prevê pagamento de multa e indenização aos consumidores

    Devido aos problemas registrados em Santa Cruz do Sul com relação ao odor e a coloração da água, que são fornecidas pela Corsan/Aegea, o Ministério Público (MP) ajuizou, no dia 20 de novembro, uma ação civil pública. O objetivo é obter uma decisão judicial que obrigue a companhia a adotar providências concretas e urgentes, e que garanta o fornecimento de água com qualidade aos consumidores do município.

    O promotor Érico Barin, que propôs a ação civil pública, explica que a justiça acolheu parcialmente os pedidos do MP de Santa Cruz. “A decisão inicial, sobre nossos pedidos liminares, saiu apenas ontem, ao fim da tarde. E ela [a Justiça] deferiu, parcialmente, os nossos pedidos, apenas para o fim de determinar a realização de um laudo mais aprofundado, sobretudo para atestar a potabilidade e, eventual, nocividade da água.”

    Esse laudo, conforme o promotor, deverá ser feito pela Vigilância Sanitária Municipal, acompanhada da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst). Além disso, a Justiça também acatou o pagamento de multa caso a Corsan/Aegea não providencie o respectivo laudo. No entanto, a determinação é que o pagamento seja de R$ 50 mil e não de R$ 100 mil conforme solicitado pelo MP de Santa Cruz.

    “Nós postulamos que a Aegea fizesse isso em 24 horas, a juíza deferiu que ela pudesse fazer isso em cinco dias. Então, por conta dessas situações e dos outros pedidos liminares que nós fizemos e a juíza não deferiu neste momento, já ingressamos com recurso de agravo do instrumento no Tribunal da Justiça na expectativa de que ainda, em sede de plantão, no final de semana, o Tribunal da Justiça possa deferir essas outras medidas que pedimos”, argumenta Barin.

    A medida, de acordo com o promotor de Justiça, visa pressionar e acelerar os processos da Aegea, uma vez que, até o momento, a população segue sendo abastecida com a água do Lago Dourado. “Então, o contexto é esse, estamos no aguardo de uma decisão do Tribunal da Justiça, para verificarmos como ficará a situação”, ressalta.

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