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Prefeitura de Venâncio Aires investiga morte de peixes em arroio

Publicado em: 29 de janeiro de 2020 às 14:20 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 22:28
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Carin Gomes/Divulgação SEMMA
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    Mortandade possivelmente foi causada pelo lançamento de agrotóxicos no curso da água

    No início desta semana, após o recebimento de uma denúncia anônima, a equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) realizou uma vistoria em Vila Terezinha, no Arroio conhecido como ‘São Miguel’. No local foi constatada a mortandade de cerca de dois mil peixes. Dentre as espécies identificadas estão o Lambari (Astyanax sp.), Cascudo (Hypostomus sp.), Jundiá (Rhamdia sp.) e Carute (Geophagus brasiliensis). A Secretaria iniciou um processo de apuração da responsabilidade administrativa ambiental pelo dano e, de acordo com as evidências registradas até o momento, a mortandade possivelmente foi causada pelo lançamento de agrotóxicos no curso da água.

    De acordo com os fiscais da prefeitura, foram colhidos relatos de diversos moradores da região com o intuito de esclarecer os fatos. Além disso, os moradores foram alertados sobre o perigo do contato com a água. Em um dos depoimentos, um produtor expôs que uma de suas novilhas encontra-se doente desde sexta-feira e que acredita que a enfermidade tenha sido causada pelo consumo de água contaminada.

    A equipe percorreu cerca de dois quilômetros, pelo curso da água, demarcando os pontos e contabilizando os peixes mortos. Também foram coletadas amostras da água e dos peixes. Conforme o Secretário da pasta, Engenheiro Agrônomo Clóvis Schwertner, o manejo adequado dos agrotóxicos, desde a aplicação até a destinação final das embalagens, é de fundamental importância e deve ser observado por todos os produtores, pois podem causar impactos de grandes proporções ao meio ambiente. "Quando falo em Meio Ambiente, falo da própria saúde dos seres humanos, assim como dos animais e das plantas. O impacto varia de acordo com o tipo de substância ou princípio ativo, podendo causar a morte de espécies de peixes e de plantas aquáticas. Portanto, o ideal é que os produtores procurem os órgãos competentes, como a Emater e a Secretaria de Desenvolvimento Rural, para solicitar orientações quanto ao controle adequado de pragas”, disse.