No entanto, bombeiros não orientam o uso do artefato
Com a chegada do final de ano, o uso de fogos de artifícios aumenta assim como as queimaduras e outros ferimentos ocasionados pelos artefatos. Conforme a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), nas duas últimas décadas, foram registrados 122 óbitos por acidentes com fogos de artifícios, sendo 48 mortes no nordeste, 41 no sudeste, 21 no sul, 12 vítimas fatais no norte e centro-oeste. E, apesar de ser proibido o manuseio de fogos de artifício por menores de 18 anos, o levantamento constatou que 23,8% dos acidentados estão nessa faixa etária. Outros 45,2% estão entre 19 e 59 anos e 28,8% têm mais de 60 anos.
Conforme o Hospital Santa Cruz, no reveillon do ano passado não foram registradas entradas na casa de saúde por causa do uso de fogos. Mesmo assim, a orientação dada pelo Corpo de Bombeiros de Santa Cruz é que os artefatos não sejam utilizados. "Todos os anos, dezenas de pessoas sofrem acidentes perdendo membros, como as mãos, por exemplo, tendo queimaduras graves e até a perda da visão", fala o comandante do 6º Comando Regional de Bombeiros, Tenente Coronel Cesar Eduardo Bonfanti.
Contudo, como a prática não vai ser extinta, o comandante dá orientações para evitar incidentes (confira abaixo). "Caso alguma lesão ocorra, a pessoas deve ser encaminhada imediatamente a um hospital", reforça.
Cuidados
– Não direcionar os fogos na rede elétrica, nem em casas ou apartamentos;
– Não soltar fogos próximo de vegetações secas, pois pode ocasionar incêndios;
– Fogos somente devem ser utilizados por adultos, nunca por crianças;
– Ler as instruções de uso no rótulo da embalagem;
– Comprar os artefatos somente em lojas especializadas, nas quais os vendedores podem fornecer instruções;
– Evitar soltar os fogos próximo de hospitais, asilos, locais em que há pessoas acamadas;
– Somente fazer uso de fogos em locais isolados, longe de pessoas.
Legislação
De acordo com o INMETRO há a definição de algumas normas para os comerciantes desse produto. A nomenclatura deve estar de acordo, tanto por dentro quanto por fora nas embalagens. Também deve conter o nome do responsável técnico e o número do registro do Conselho Regional de Química. Outra coisa é que, nos rótulos, tem que conter as instruções necessárias para o uso do produto, bem como a distância de segurança dos usuários, efeito principal e o número de tiros do foguete.
Além disso, o nome da empresa é essencial, como também o local onde foi fabricado com a data de fabricação e validade. É imprescindível o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o peso bruto e líquido e o número de registro do produto no Exército. A embalagem não pode estar suja, nem amassada, deformada ou com rasgos.
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