O time de Venâncio Aires anunciou que, especialmente por conta das dificuldades financeiras, fechará as portas
Da conquista do título estadual e do segundo lugar na Liga Nacional de Futsal (LNF) em 2017 ao anúncio do encerramento das atividades neste ano. Há uma década na Assoeva, Boni vive essa dualidade – lamentar o fim da equipe no município em que conheceu a esposa, teve o filho e fez história e, ao mesmo tempo, recordar, com felicidade, do Ginásio Poliesportivo lotado pela Febre Amarela, das conquistas e dos bons momentos. O time de Venâncio Aires anunciou que, especialmente por conta das dificuldades financeiras, fechará as portas.
Um dos fatores que intensificou a crise financeira vivenciada nos últimos anos foram os processos trabalhistas. “Tem ação injusta que precisamos entender o caráter do ser humano. É uma série de fatores que levou ao fim da Assoeva. A ação é para o bem do trabalhador, mas vejo o caráter de fazer o que é o certo. Tudo que combinavam, sempre cumpriam. Foi a sede naquele momento, de R$ 300 mil. Tem mais uma de quase 500 mil. Um clube de pequeno porte que tem 800 mil de ação trabalhista é difícil se manter”, disse.
O fixo, que recentemente aposentou as chuteiras e iniciou os trabalhos na comissão técnica, destacou o prejuízo para crianças e adolescentes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul que encontravam na Assoeva uma referência para as categorias de base. De acordo com Boni, além da formação de atletas, os treinos, as partidas e as competições auxiliam para o desenvolvimento de habilidades que auxiliam mesmo quem optar por não seguir a carreira de atleta profissional, como dedicação, concentração e trabalho em equipe.
A ideia inicial da diretoria era manter o trabalho com as categorias de base. No final do ano passado, o grupo havia anunciado que não disputaria a Liga Nacional por conta dos altos custos envolvidos com as viagens e com a montagem com jogadores mais valorizdos e que a vaga seria emprestada, por dois anos, ao Vélez de Camaquã até que a equipe conseguisse se reestruturas. O estadual seria disputado com o sub-20. Contudo, no início deste mês, se optou por uma atitude mais firme, de encerrar definitivamente as atividades. “É uma sensação de luto que vai durar um bom tempo”, falou o ex-atleta.
Boni ainda mantém a esperança que possa ocorrer alguma reviravolta na assembleia extraordinária agendada para 31 de março, às 19h. Para o atleta, a manutenção do trabalho com crianças e adolescentes é essencial. “Não podemos deixar todas essas crianças à deriva. Sabemos que tem outros núcleos de treinamentos, mas a Assoeva carrega um nome forte. Espero que outra organização ou treinador possa colocar a cara, para que as categorias de base possam voltar. Que seja com outra instituição, mas que abrace essas crianças”, colocou.
Ouça a entrevista com Boni:
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