Geral e Região

Seca propicia colheita da uva mais doce

Publicado em: 23 de janeiro de 2020 às 17:30 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 22:21
  • Por
    Carolina Sehnem Almeida
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
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    Enquanto estiagem castigou maioria dos agricultores, nas Videiras do Vale a safra tem a melhor qualidade

    O clima seco que trouxe tantos prejuízos na agricultura e que motivou diversos municípios a decretarem estado de emergência trouxe reflexo positivo para as uvas da região serrana de Vale do Sol. A sexta safra do empreendimento Videiras do Vale, localizado em Linha Herval de Baixo, quase na divisa com Herveiras, teve quebra, sim, mas pelo período de chuva nos meses de outubro e novembro. O proprietário, Valdomiro Persch, estima colher cerca de 100 mil quilos, mesmo com as perdas, e garante: o que sobrou, com a seca, é a safra da melhor qualidade. Entre os parreirais, a comprovação do visitante, ao saborear a uva Isabel (preta) e a Niágara (rosa).

    Isso se deve, explica Persch, pela região serrana de Vale do Sol ter 100 metros de altitude a menos em relação à Serra Gaúcha, e estar localizada num vale, com menos incidência de vento, e mais sereno à noite, contribuindo com a umidade do solo. Essa combinação com a falta de chuva “proporcionou uma uva mais bonita, mais saborosa, com tanino mais apurado, mais açúcar. É o nosso diferencial. Mas o Rio Grande do Sul é a terra própria para se desenvolver a fruticultura”, destaca.   

    A qualidade da uva já despertou interesse dos mercados consumidores da Serra Gaúcha, mas Persch quer priorizar a região e consolidar seu produto por aqui. Além de atender, há anos, duas grandes redes de supermercados, abastece fruteiras e mercados diversos, com entregas que saem diariamente da propriedade. Com a expansão dos mercados e o projeto da agroindústria para fabricar sucos, vinhos, schmier – estacionado pela espera de rede de energia trifásica e água, a intenção, para o futuro próximo, é ampliar a área da videia, que hoje é de cinco hectares, até chegar aos 50.