Segundo ele, a recuperação dos valores na tabela é essencial para garantir segurança, valorização e rentabilidade aos produtores
Na última semana, cinco empresas fumageiras participaram, individualmente, de reuniões na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) para discutir a definição do preço do tabaco para a safra 2024/2025. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras, Sérgio Reis, detalhou os motivos que levaram à falta de acordo na segunda rodada de debates.
Durante o encontro, a comissão apresentou uma proposta fundamentada na variação do custo de produção, acrescida de um percentual destinado à reposição de perdas acumuladas em safras anteriores. Apesar disso, nenhum protocolo foi firmado. Segundo Reis, a recuperação dos valores na tabela é essencial para garantir segurança, valorização e rentabilidade aos produtores.
No entanto, Reis destacou que a maior decepção da reunião não foi a ausência de um acordo, mas a falta de participação de várias empresas do setor. “Já havíamos comunicado às entidades que qualquer empresa que não apresentasse uma proposta mínima capaz de repor, pelo menos, a variação do custo de produção entre as safras anterior e atual não seria aceita nas negociações”, explicou.
Segundo ele, a exigência mínima para participar das reuniões era o compromisso de cobrir essa variação. “Por conta disso, apenas cinco empresas compareceram. Dessas, uma não apresentou proposta, alegando divergências sobre os cálculos do custo de produção. Já as propostas das demais, na avaliação da comissão, não foram suficientes para justificar um acordo no momento”, ressaltou Reis.
A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
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