Geral

Saúde fará pedido à Ouvidoria do SAMU

Publicado em: 19 de dezembro de 2017 às 08:47 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:23
  • Por
    Guilherme Bica
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Arquivo Jornal Arauto
    compartilhe essa matéria

    Depois de um pai desabafar sobre a falta de atendimento do serviço ao filho, Secretaria quer respostas

    O deslocamento da patela do joelho de um adolescente e a falta de socorro por parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)  em Vera Cruz repercutiu nas redes sociais e na comunidade. Depois de um pai desabafar no Facebook sobre a falta de atendimento do serviço ao filho, durante a madrugada de sábado, dia 16, a nova secretária municipal de Saúde, Liseana Palma Flores, se reuniu com membros da administração do Hospital Vera Cruz (HVC) na tarde desta segunda-feira, dia 18, na Secretaria da Saúde, para buscar respostas ao ocorrido.

    O CASO

    Conforme o relato de Ana  Paula Mueller Denardi, tudo começou na madrugada de sábado, quando o filho de 17 anos, Nicolas, estava aproveitando a festa de formatura e deslocou a patela do joelho. “Ele sentia muita dor e não conseguia sequer levantar. Então um colega logo ligou para o SAMU e ficou à espera para falar com um médico por mais de 45 minutos, sem ter retorno”, conta. “…Muitos ligaram imediatamente para o SAMU, e permaneceram na linha por mais de hora para tentar conseguir uma ambulância”, relatou Marlon, pai do garoto, em desabafo no Facebook.

    Na tentativa de conseguir auxílio, pessoas que estavam na festa ligaram ainda para o Hospital Vera Cruz, que segundo a publicação de Marlon, ninguém atendeu. Sendo assim, Marlon se deslocou até a casa de saúde e lá obteve a informação de que não poderia efetuar a remoção e de que o sistema era de solicitações junto à Central de atendimento. 

    Devido à demora de socorro, Marlon e outros pais improvisaram uma maca com um mesa, levando Nicolas na caçamba de uma camionete até o hospital, em Santa Cruz do Sul. Para Ana, mãe do jovem, a maior preocupação foi pela demora nas ligações para o 192 e a falta de retorno e socorro. “Se é uma pessoa que está infartando, por exemplo, a pessoa morreria esperando?”, indaga. “Graças a Deus tivemos condições de levá-lo, mesmo que de forma improvisada até o hospital, e hoje está com a perna imobilizada e medicado”, acrescenta. 

    Depois do ocorrido e passado o susto, Ana espera que o Município apure onde houve falhas e aponte e divulgue a solução, evitando assim que ocorra algo semelhante ao que ocorreu com seu filho ou ainda mais grave.

    ENCAMINHAMENTOS

    Após a reunião entre Município e membros do HVC, a secretária Liseana reforça que os pais agiram de forma correta ao contatarem com a Central do SAMU pelo 192. “A partir de agora, vou fazer o pedido na Ouvidoria do SAMU para verificar o que houve e porque não foi prestado o atendimento”, adianta.  

    A secretária reforça que o transporte de emergência e urgência é de responsabilidade do SAMU, enquanto o motorista da ambulância do Município faz o transporte eletivo. “O motorista pode levar pacientes em uma consulta”, explica.

    Quanto ao Hospital Vera Cruz, por não ter atendido a ligação, o administrador Gilson Jaeger explica que o número discado (3718-3738) que consta na pesquisa do Google, não é o correto, e ressalta à comunidade que o HVC possui dois números para contato: 3718-1800 e 3718-1555. 

    A secretária Liseana também solicitou à casa de saúde que divulgue os números corretos e retire dos meios de divulgação o número incorreto. Segundo Jaeger, o pedido já foi feito para a retirada do número, mas por se tratar de um sistema, pode levar alguns dias para ser excluído.