Movimento em prol da agropecuária gaúcha prejudicada pelas enchentes ocorreu nesta sexta-feira
Nesta sexta-feira (19), foi realizada a segunda mobilização do SOS Agro RS, um movimento em prol da agropecuária gaúcha prejudicada pelas enchentes de maio. O evento, que ocorreu no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão del Rey, no município de Rio Pardo, reuniu cerca de 15 mil pessoas.
As principais demandas junto ao governo federal são a prorrogação das dívidas por 15 anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano; e crédito para reconstrução, reinvestimento e capital de giro nas propriedades.
Em entrevista ao Grupo Arauto, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, explicou que o setor está dialogando com o Governo Federal desde maio. “Estamos dando uma questão de confiança para eles daquilo que se comprometeram com a gente, que é mandar uma medida provisória até o final do mês. Mas não basta ter a medida provisória, tem que vir aquilo que estamos dialogando dentro dessa medida”, disse.
O representante da entidade destacou que o movimento está lutando por descontos para produtores que perderam parte da safra e a anistia para aqueles que perderam tudo. “Teve produtor que perdeu casa, galpão, animais e, inclusive, até a terra foi embora. Então é preciso de anistia para esse produtor poder recomeçar”, afirmou.
“Com dificuldade para trabalhar com tantos dias de chuva, que não deixou colher e plantar direito, eles perderam e não vão ter condições de honrar os seus compromissos. Nós precisamos de uma prorrogação da dívida”, completou.
Para a presidente do Sindicato Rural de Barro do Ribeiro, Marília Terra Lopes, todos os produtores precisam ser atendidos. “A gente quer que todos sejam atendidos e tem que ser por ordem de prioridade de casos. Nós não somos divididos. O critério tem que ser o agricultor gaúcho. A gente tem que estar mobilizado”, pontuou.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participou da mobilização e fez coro às demandas, cobrando medidas mais robustas por parte da União. Leite ressaltou que o governo do Estado tem disponibilizado todo o suporte possível para os agricultores.“O agronegócio é a espinha dorsal da nossa economia. O governo do Estado tem feito o possível, e iremos anunciar novas medidas na semana que vem, mas precisamos de mais apoio da União. A ajuda que vem do governo federal até o momento é insuficiente e está muito distante das necessidades do povo gaúcho”, afirmou o governador.
Leite ressaltou, ainda, que o Rio Grande do Sul arrecadou, no ano passado, R$ 107 bilhões em impostos federais. Do total, apenas R$ 50 bilhões retornaram ao Estado. O governador insistiu que o pacto federativo precisa funcionar na prática. “Estamos vendo muita propaganda por parte do governo federal, muitos anúncios, mas pouca efetividade na chegada de recursos. Apenas 20% de tudo que o governo federal anunciou chegou aos gaúchos, e grande parte em linhas de crédito. Precisamos ser tratados de maneira compatível com a gravidade do momento e com o que entregamos ao Brasil”, concluiu.
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