Ganha ainda mais relevância o pleito municipal de outubro, porque depois da grande enchente tem muito trabalho ainda a ser desenvolvido
OLIMPÍADA passou e as atenções voltam-se às eleições municipais que elegem prefeitos e vereadores a cada quatro anos, do Caburaí ao Chuí. São os primeiros e mais acessíveis representantes da comunidade e que têm uma incumbência essencial na direção política, social e econômica no desenvolvimento dos municípios. Ganha ainda mais relevância o pleito municipal de outubro próximo, porque depois da grande enchente que inundou o Rio Grande em maio passado, tem muito trabalho ainda a ser desenvolvido, tanto para recuperar os municípios como para se integrar à reabilitação do Estado. Não se pode cair no erro do esquecimento ou omissão de simplesmente achar que como as águas voltaram ao seu regime normal tudo está resolvido. Tem muito, mas muito mesmo a ser feito ainda. O que se vê pelas redes sociais, nem sempre informado pela grande mídia, diga-se, é que os maiores estragos, aqueles que exigem intervenção imediata, estão sendo resolvidos pelo povo, pelos municípios com recursos próprios e por intervenção de empresários. A prometida ajuda dos palácios do poder sempre percorre um caminho mais longo, tem que ter mídia, lentes, imagens, badalação, público animado, aplausos, etc.
SEM perder tempo, o prefeito Gilson Becker, candidato único à reeleição aqui na “Villa”, juntamente com Angelo Hoff, como candidato à vice-prefeito e fazendo sua estreia na política local, vão montando seu plano de governo. Lideranças comunitárias, vereadores e candidatos ao Legislativo Municipal foram convidados, estão sendo ouvidos, e todas as sugestões elencadas vão sendo relacionadas. Medida mais do que acertada e oportuna, pois uma gestão municipal só será bem sucedida se atender aos interesses da sua comunidade da qual sempre terá apoio em contrapartida. Além disso servirá de balizamento para a destinação prioritária de recursos, sejam próprios ou que dependam de aporte do orçamento da União, e neste caso, o encaminhamento dos respectivos projetos. Não se trata de indicar nenhuma área como preferencial, até porque depende tudo de circunstâncias. Quando passamos pela pandemia, por exemplo, a saúde da população precisou ser preservada. Na enchente de maio, esforços e intervenções múltiplas foram necessárias para resguardar e acomodar famílias desalojadas, além do conserto e manutenção de estradas e pontes para garantir o abastecimento.
UM olhar mais atento sobre Vera Cruz irá de imediato conferir o crescimento pelo número de loteamentos implantados no perímetro urbano e a pluralidade de construções domiciliares. Requer por isso uma permanente atualização da política de mobilidade urbana. São mais de 19 mil veículos circulando pelas ruas em que horários de pico já não se encontra lugar para estacionar. Alguns pontos estão conflagrados como a junção das ruas Roberto Gruendling, Martin Francisco e Cláudio Manoel e que exigem atenção redobrada dos condutores. Uma alternativa seria recompor a pavimentação e estender a av. Nestor Frederico Henn em direção ao Bom Jesus, como opção para desafogar a 409 e Roberto Gruendling. Também a estrada da Linha Número Um poderia se transformar em avenida de acesso à cidade. Ruas do centro estão a merecer asfaltamento e arborização adequada. Trânsito à parte, depois do granizaço do ano passado e três enchentes, não restam dúvidas de que a Defesa Civil e Bombeiros também precisam de aporte de recursos para manter em dia o equipamento, eis que são os primeiros a serem acionados em casos de emergência. Coloque no seu caderninho, prefeito Gilson, estas modestas considerações para o seu plano de governo. Vera Cruz fará sua parte e o Rio Grande vai prosperar.
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