O maior aprendizado, entretanto, foi de que se queremos um mundo melhor precisamos fazer a nossa parte. Basta querer
Olha eu por aqui novamente fazendo uma das coisas que mais me deixa realizado: transformar ideias, reflexões e questionamentos em textos. Parece fácil, não é, e minha grande dúvida foi se eu estaria começando ou recomeçando. Dizem que para produzir mais é preciso uma pausa, mesmo que forçada, e talvez aí esteja minha resposta.
Não abandonei nada, apenas parei e olhei tudo onde estava e, talvez por isso, tenha entendido que muito do que reclamava eu não tinha motivos para reclamar. Percebi que se está ruim, pode piorar. O maior aprendizado, entretanto, foi de que se queremos um mundo melhor precisamos fazer a nossa parte.
Sempre que estamos num momento existe a possibilidade de pararmos, sair do mesmo, e observar pelo “lado de fora” o que lá dentro acontecia. No meu caso, o sair não foi um parar e sim um correr que, na verdade hoje sinto como se tenha sido um MBA intensivo de 7 meses.
Sentar, “refletir”, divagar e apontar erros sempre foi e será a parte mais fácil. Aliás, esse é o mundo atual, muito chato e monótono talvez, caso ele venha a ser da maneira única de pensar de cada um. Digo isso pois aparentemente a percepção que tenho é de que cada um, a cada dia, tenta convencer o próximo sobre o verdadeiro melhor.
Vivemos num mundo de muitos direitos e poucos deveres. Isso tudo tem levado a novas maneiras de nos relacionarmos, novas maneiras de conviver e a um jeito estranho de entender o amor. Tudo vira problema, tudo é motivo, tudo é interesse e, assim, pouco a pouco vamos nos destruindo enquanto seres humanos acabando por nos tornar “monstros” de um filme que talvez pudéssemos chamar “O fim dos tempos” que, para muitos seria traduzido como o “Inicio de uma nova era”.
O mundo real está sendo dominado pelo artificial e a capacidade que o ser humano possui para criar tecnologias que permitem cada vez mais não depender dele mesmo, inclusive nas relações interpessoais, cada vez aumenta mais. Isso é interessante pois a medida que não dependemos de ninguém parecemos ser melhor que alguém.
A dúvida sempre moveu a humanidade em termos de evolução, mas a soberba atual em não termos mais a mesma, haja vista que muitos entendem ser autossuficientes a ponto de não precisarem do próximo, com certeza nos ameaça fazendo parecer que uma nova epidemia , uma doença avassaladora nos atingirá em breve, qual seja a solidão.
A solidão matará o ser humano, pois ela piora quando o ego é bem nutrido de elogios, likes, visualizações e por aí vai. Estamos virando reféns do artificial. Elogios são virtuais, já criaram robôs que beijam e “se emocionam”, e as relações pele a pele já não são a prioridade pois a sensação de que tudo pode dá a falsa garantia de que se não tem, será criado.
Muito temos a fazer para melhorar tudo isso e por essa razão estou retomando novamente esse espaço, na certeza de que é possível, basta acreditar, basta querer, basta fazer.
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