Com balizamento noturno travado, Prefeitura discute área para novo aeroporto em Santa Cruz

A implementação de balizamento noturno travou e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul já discute a possibilidade de um novo aeroporto regional. A informação foi revelada pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Leonel Garibaldi. Em entrevista à Arauto News, o titular da pasta falou sobre os planos para o aeroporto Luiz Beck da Silva.

Em relação ao balizamento noturno, Garibaldi confirmou que o processo licitatório foi concluído, mas enfrenta entraves para a execução. Ele destacou a necessidade desse investimento, considerando as crescentes demandas do tráfego aéreo, especialmente após as enchentes que afetaram outras rotas de transporte.

“Estamos nos inteirando sobre isso, entendemos a necessidade de avançar com esse tipo de investimento no município. Conversei com aviadores e empresas que já utilizam o aeroporto para o tráfego aéreo, e há a necessidade da ampliação do horário, para que se tenham mais possibilidades de pouso e decolagem aqui no nosso município”, explica.

No entanto, o secretário também apresentou uma visão mais cautelosa quanto à ampliação da estrutura aeroportuária existente. Ele citou preocupações do prefeito Sérgio Moraes sobre as condições climáticas, particularmente a neblina frequente que afeta a visibilidade. “Antigamente, era conhecido como a ‘área do nevoeiro’. A cerração que temos é constante nessa região, então não faz sentido pensar em mais tráfego aéreo e investimentos para esse fim em um espaço que já enfrenta limitações devido à baixa visibilidade”, analisa.

Novo aeroporto

Como alternativa, de acordo com Garibaldi, o prefeito Sérgio Moraes propôs explorar a viabilidade de um novo aeroporto, potencialmente localizado próximo ao Distrito Industrial, para melhor atender ao transporte de cargas.

Garibaldi reconheceu o potencial dessa proposta e a necessidade de um esforço colaborativo entre o governo municipal e as empresas que se beneficiariam do empreendimento. “Mas a intenção, eu já percebi, seria muito válida. Se fosse posta em prática, certamente não apenas aqueles que utilizam o transporte aéreo seriam beneficiados”, destaca.