Seminário de Irrigação, em Rio Pardo, destaca experiências de agricultores da região

“Para nós a irrigação é muito importante, tudo produz nessa área. A gente consegue colher o dobro do que colhia sem a irrigação, e na mesma área“. Foi assim que a agricultora Rosineia David da Rosa definiu a irrigação na lavoura de melancia, moranga e melão na propriedade da família, no município de Rio Pardo, para as mais de 180 pessoas que participaram do Seminário Regional de Irrigação realizado nesta quarta-feira (11), no Parque da Expoagro, em Rio Pardo.

O evento contou com os relatos dos agricultores Silvio Bruinsma e Osmar Bick, dos municípios de Tio Hugo e Mato Leitão, que mostraram os resultados da irrigação nas lavouras de Jiggs para a produção de feno e tabaco, respectivamente. “Comecei pequeno, e quando iniciamos a Emater nos auxiliou muito. Todo o projeto e as questões burocráticas foram feitos pela Emater e conseguimos acessar o recurso do governo. A produção do feno no início era baixa, mas com a implantação do sistema de irrigação estou hoje entre 20 a 25 toneladas de matéria seca por hectare, com média de seis cortes anuais. Hoje o feno é uma renda estável, consegui adquirir maquinário, trabalho menos e tenho mais lucratividade”, relatou Bruinsma.

A programação contou com a apresentação do Programa de Subvenção de Irrigação e Reservação de Água, pelo secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), Clair Kuhn, e do meteorologista da Seapi/Simagro, Flávio Varone, que mostrou como funciona o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) e abordou o prognóstico climático para a próxima estação.

Irrigação em pauta

O Seminário encerra um ciclo de 12 eventos realizados em todas as regiões do Estado abordando a irrigação nas diversas atividades produtivas e que, juntos, somaram cerca de 2.500 pessoas interessadas pelo tema.

“Estou extremamente feliz de encerrar esse ciclo de seminários em que pudemos, em uma grande parceria com a Emater, divulgar o programa de irrigação do Rio Grande do Sul através de ações concretas da fase um e que leva 20% do valor que o agricultor investir à fundo perdido, até cem mil reais. Este é o maior e melhor programa de Estado, que busca ampliar a área irrigada, tendo assim um seguro agrícola do Estado e para o agricultor”, avaliou Kuhn. O prazo para encaminhar os projetos de irrigação junto à Secretaria é o dia 30 de abril de 2025, podendo ser implementados até 2027.

O diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, destacou que os seminários observaram as características produtivas de cada região do RS e conta com a participação dos agricultores, que compartilharam suas experiências.  “Nesses seminários foram desenvolvidos temas próprios a cada região, a cada sistema de produção, desde a divulgação, regras do programa, as normas ambientais, mas também levando as experiências de agricultores que utilizam a irrigação nos seus sistemas produtivos em áreas pequenas e grandes, e especialmente as áreas de grãos”, observou.

Agricultores interessados em implantar o sistema de irrigação podem buscar orientações nos escritórios da Emater/RS-Ascar dos respectivos municípios, bem como realizar o projeto. O Seminário Regional de Irrigação de Rio Pardo foi promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Emater/RS-Ascar e Afubra.