Colaboradora esteve entre os reconhecidos pelo tempo de serviço junto ao HSC. Dentre os 94 homenageados, só ela coleciona cinco décadas
Em dezembro último, o Hospital Santa Cruz, ao realizar sua tradicional confraternização de final de ano, prestou homenagem a 94 funcionários que completaram quinquênio de tempo de serviço. Dos cinco aos 50 anos de dedicação à casa de saúde, uma, em especial, causou emoção. Afinal, quanto mais os anos se acumulam na carteira de trabalho, mais raro é contar com um colaborador com tamanha longevidade. Mas lá estava ela, dona Olinda Studzinski, que logo revela: todos a conhecem por Teresinha, seu nome do meio.
Aos 72 anos de vida, Teresinha começou no Hospital Santa Cruz aos 22, portanto. E não foi seu primeiro emprego. Antes disso teve experiência em empresa do setor fumageiro. Ao surgir a oportunidade na instituição, ainda gerida pelas freiras, a vera-cruzense agarrou a oportunidade e se mudou para Santa Cruz, onde fez sua vida com o novo trabalho. E desde o início, nunca mudou sua função: o trabalho na copa.
O que mudou, é que no início, o setor da copa e da higienização era interligado, então além de servir a refeição aos pacientes, acabava auxiliando na higienização também. E no tempo longínquo das irmãs, recorda ela, até capinar na roça se fazia. Os tempos eram outros e a estrutura, muito mais enxuta, assim como a demanda.
Hoje, Olinda Teresinha aquece a comida, monta os pratos, leva aos pacientes, e busca cativar com seu sorriso, com sua atenção e cuidado. “Não tem segredo. Sempre me senti bem aqui. É gostar do que faz. Apenas com a idade avançando, o serviço dá mais serviço”, brinca.
Na companhia das colegas mais jovens, ela virou inspiração. Sabe os pacientes pelo nome, reconhece aquilo que gostam e aquilo que rejeitam no prato, e assim busca adaptar o que é recomendado ao gosto do paciente. Para ela, ser acolhedora faz a diferença. Mesmo aposentada há quase 25 anos, essa rotina de levar e buscar pratos, conhecer pacientes e conviver com inúmeros colegas a impulsiona a seguir.
De tal forma que sua vida se entrelaça com a do HSC. Foi lá que nasceu sua filha e sua neta. Foi lá que recebeu o abraço carinhoso de dezenas de colegas de trabalho em dezembro último, com a homenagem pelos 50 anos de trajetória. “Mal consegui segurar o choro, foi emocionante. A cada dia, ao entrar aqui para trabalhar, me sinto renovada, feliz em poder contribuir, fazer algo por quem está aqui”, resume a profissional que atua hoje na Ala Santo Antônio. E que não esquece da primeira lição que as irmãs lhe transmitiram, há cinco décadas: “sempre atender bem os pacientes”. É o legado de Teresinha que inspira as novas gerações.
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