Será iniciada uma nova etapa de uma história de 27 anos
“Quando as forças se somam por uma grande causa, Deus está presente e o amor vence. Obrigado, comunidade”. A frase, eternizada em uma placa na entrada das unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital Santa Cruz (HSC), sintetiza a grandeza de uma das maiores conquistas da comunidade na área da saúde.
No dia 10 de abril de 1997, o então prefeito Sérgio Moraes e o vice, Gastão Schmitt, descerravam a fita inaugural da primeira UTI Pediátrica da região do Vale do Rio Pardo. Da mesma forma que marcou o início da história do HSC há 116 anos, a UTI Pediátrica foi construída por meio de contribuições da comunidade e do poder público local, motivados pelo anseio por uma estrutura completa de terapia intensiva que pudesse atender às crianças de Santa Cruz do Sul e região, evitando deslocamentos à capital ou a outros centros do Estado. Na época, prefeitura, comunidade e entidades como Rotary e Lions uniram forças para que o sonho se tornasse realidade.
Com o passar do tempo, a unidade passou a ser chamada de UTI Neopediátrica, já que atendia de forma mista pacientes neonatais, de 0 a 28 dias, e pediátricos, de 29 dias a 11 anos e 11 meses, críticos ou semicríticos, que necessitam de cuidados complexos. No entanto, o Ministério da Saúde publicou em 2010 uma Portaria impedindo o funcionamento de UTIs mistas, conforme Resolução Nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Iniciou-se, assim, mais um capítulo na história da UTI Neopediátrica do HSC.
Nova UTI Pediátrica
Para atender à resolução do Ministério da Saúde, o Hospital Santa Cruz elaborou o projeto de adequação da sua estrutura para que a UTI Neonatal e a UTI Pediátrica funcionassem em ambientes separados e com equipes distintas. A partir daí, começaram as tratativas entre a direção da casa de saúde e gestores públicos para viabilizar as obras.
O primeiro passo para a reformulação dos espaços foi estruturar a UTI Neonatal no local onde até então funcionava a UTI Neopediátrica, passando de oito para 10 leitos, sendo oito para o Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos pacientes internados na unidade neonatal (84%) é de recém- nascidos prematuros, que necessitam de cuidados complexos.
E para viabilizar a construção do ambiente que receberia a nova UTI Pediátrica, a comunidade mais uma vez se mobilizou. Nesse sentido, parlamentares e poder público foram fundamentais para que o projeto da nova UTI Pediátrica se concretizasse. Em março de 2022, o Governo do Estado confirmou o repasse de R$ 2,9 milhões para a reforma e ampliação das unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica do
HSC e para a aquisição de equipamentos para a nova UTI Pediátrica. O anúncio foi feito em Porto Alegre pelo governador Eduardo Leite e pela secretária de saúde do Estado, Arita Bergmann. O repasse fez parte da etapa três do programa Avançar RS, do Governo do Estado,
e foi destinado para a reforma e adequação dos ambientes e para a aquisição de materiais e equipamentos.
No mesmo ano, o deputado federal Marcelo Moraes (PL) repassou emenda parlamentar de custeio no valor de R$ 7,17 milhões, utilizado no projeto da UTI pediátrica. A deputada estadual Kelly Moraes (PL) também destinou recursos para a compra de cinco equipamentos para as UTIs Neonatal e Pediátrica da Instituição, no valor de R$ 523.695,95. Foram adquiridos, na época, dois ventiladores pulmonares, um aparelho de raio-X e dois bilirrubinômetros.
Em 2023, as obras da nova UTI Pediátrica receberam mais um aporte de R$ 1,5 milhão destinado pelo deputado Marcelo Moraes. No final do mesmo ano, Kelly Moraes anunciou novo repasse de emenda parlamentar de custeio no valor de R$ 300 mil, utilizado em 2024 para o complemento das obras da UTI Pediátrica. Na ocasião, os deputados Marcelo e Kelly visitaram a unidade acompanhados pelos vereadores Serginho
Moraes e Rodrigo Rabuske, ambos do PL.
Conforme a deputada, a saúde pública sempre mereceu atenção especial dela e do deputado Marcelo Moraes. “Tudo o que pudermos fazer pela saúde nós iremos fazer, é nossa prioridade”, garantiu Kelly Moraes. “A liberação desses recursos é fruto de articulações dos nossos mandatos, e quem ganha é toda a comunidade”, ressaltou ela durante a visita. No total, foram mais de R$ 9,2 milhões em emendas de Marcelo e cerca de R$ 830 mil de Kelly Moraes, utilizadas na execução da obra, na aquisição de equipamentos e no custeio.
Para o deputado Marcelo Moraes, as UTIs Neonatal e Pediátrica do Hospital Santa Cruz estão entre os maiores orgulhos da família Moraes em mais de 40 anos de mandato. “É uma satisfação muito grande estar novamente destinando recursos para esta UTI, tendo em vista o papel que sempre tivemos desde a criação e a idealização desta estrutura”, disse. “Temos sistematicamente destinado recursos tanto para custeio quanto
para modernização desta unidade. Somente nos últimos dois anos foram cerca de R$ 2 milhões para custeio”, acrescentou o deputado.
A coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, falou dos avanços que a modernização e os investimentos dos últimos anos proporcionaram à saúde na região. “Se antes a solicitação de leitos era feita por telefone, hoje há um sistema interligado que facilita, agiliza esse processo”, exemplificou. “Da mesma forma, investimentos em equipamentos são fundamentais para prestar um atendimento de qualidade à população”. Mariluci reforçou também sobre a importância dos prestadores de serviços serem questionados sobre suas necessidades, a fim de otimizar a aplicação dos recursos destinados.
Outras doações da sociedade civil organizada também foram fundamentais para a concretização do projeto da UTI Pediátrica. O Rotary Club Santa Cruz do Sul doou R$ 185.602,23 para a aquisição de equipamentos, enquanto o Rotary Tipuanas e Miller Supermercados repassaram R$ 9.585,00 para as obras de reformas. O evento Cuca do Bem, em parceria com padarias do município, rendeu R$ 24.532,00 para as obras.
Início de funcionamento
Com previsão de abertura para o início de 2025, a nova UTI Pediátrica do Hospital Santa Cruz será inaugurada na próxima sexta-feira, dia 13, e vai ampliar a quantidade de leitos. Para sua manutenção, além dos recursos do Deputado Marcelo Moraes, que garantem o custeio por 30 meses, a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, anunciou no dia 2 de dezembro a complementação de cerca de R$ 300 mil mensais para o funcionamento do novo espaço, o que torna a UTI Pediátrica equilibrada sob o ponto de vista econômico.
Para o diretor-geral do Hospital, Rolf Molz, os repasses das emendas parlamentares do deputado Marcelo Moraes e da deputada Kelly Moraes foram de extrema importância para a consolidação da obra de ampliação e sua operação, assim como os recursos do Governo do Estado e do Município. “Em virtude dos valores majorados por conta da inflação, precisamos equilibrar os custos para alcançar o ponto de equilíbrio, garantindo a plena atividade a longo prazo”, explica. A administração do hospital também realizou investimentos próprios na UTI Neonatal e para leitos privados/convênios.
“Quero registrar meu reconhecimento ao trabalho dos profissionais do Hospital Santa Cruz e agradecer aos deputados e poder público pelo esforço em garantir os repasses e recursos à Instituição, o que acaba beneficiando a área da saúde em geral do município”, destacou reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e presidente da Associação Pró- Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), Rafael Henn. “A ampliação das estruturas da UTI Neonatal e da UTI Pediátrica reafirmam o compromisso da Apesc em oferecer saúde de qualidade à população”, complementa.
Serviços
A nova UTI Pediátrica do HSC, que atende crianças de 29 dias a 12 anos, passou de dois para cinco leitos, sendo quatro para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na UTI Neonatal, que atende recém-nascidos até 28 dias, o número de leitos passou de oito para 10, sendo oito para o SUS. As unidades possuem plantões médicos 24 horas e são formadas por equipes multidisciplinares que contam com médicos e enfermeiros especialistas, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudióloga e nutricionistas.
Junto à estrutura encontra-se a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), com 10 leitos especializados no atendimento de recém-nascidos que, devido ao quadro clínico, não estão em condições de ir para casa. O Hospital também possui o Alojamento Materno para as mães que já receberam alta da maternidade e precisam acompanhar o filho recém-nascido na UTI ou na UCI, promovendo o contato ininterrupto. E para que não precisem se ausentar do Hospital para fazer suas refeições, o HSC fornece alimentação às mães de crianças internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Pediatria, na UTI e no Alojamento Materno.
Entre os programas e projetos desenvolvidos atualmente na unidade está o Método Mãe-Canguru, que promove o contato precoce, pele a pele, entre a mãe e o filho. Esta modalidade é voltada aos recém-nascidos de baixo peso e os pais possuem livre acesso à UTI e à UCI.
Outro projeto importante é A hora do conforto, que tem como objetivo proporcionar aos pequenos pacientes um ambiente similar ao útero materno. O projeto tem aspecto importante de humanização para o prematuro, oferecendo conforto, descanso e tranquilidade aos bebês por meio de mecanismos como o silêncio e as redes neonatais, reduzindo o stress do ambiente.
Para os pais e familiares das crianças internadas na UCI e na UTI Neonatal e Pediátrica do HSC há ainda o Grupo de Aconchego e o Grupo Bebê a Bordo, que são espaços de apoio para atender às diferentes demandas destas famílias. Nestes momentos são trabalhados os sentimentos dos pais frente à hospitalização, além de atividades de autocuidado com a mãe. Estes grupos também promovem o vínculo entre pais e equipe profissional, estabelecendo uma relação de confiança que proporciona mais segurança à família em relação ao cuidado e à terapêutica prestados.
Como funciona a central de regulação
No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde realiza a regulação do acesso aos leitos de UTI Neonatal, Pediátrico e Adulto por meio de uma central no Complexo Estadual Regulador. A central recebe a solicitação da vaga de UTI a partir do médico assistente de hospital que não possui leitos de terapia intensiva ou não dispõe de vaga no momento. A equipe médica da central de regulação classifica o risco, por meio de informações sobre as condições clínicas, exames complementares e diagnóstico médico, e procura, na rede do SUS, pelo serviço que atenda às necessidades do paciente. Identificada a vaga, o leito é reservado e disponibilizado ao hospital solicitante.
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