Nésio Alves Corrêa lutava contra o câncer. MTG destacou legado do patrono dos Festejos Farroupilhas do Estado em 2013
A música tradicionalista gaúcha está de luto. Neste sábado (11) faleceu o fundador do grupo Os Monarcas, Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, aos 82 anos. Em nota, o grupo lamentou a morte do “eterno monarca” e compartilhou um pouco de sua história. Gildinho lutava contra o câncer há mais de 20 anos. Ele será velado neste domingo (12), em Erechim.
Gildinho nasceu em Soledade, em 18 de janeiro de 1942, em uma família humilde e numerosa, tendo sido criado em meio às lides campeiras. Muito cedo perdeu o pai, que era acordeonista, e de quem herdou o amor pela música gaúcha. Em 1961, com 19 anos, botou o pé no mundo e foi em busca de seu destino, encontrando paragem em Erechim.
Ele iniciou, em 1963, o programa radiofônico “Amanhecer no Rio Grande”, pela Rádio Difusão de Erechim. Com a audiência do programa, passou a se solicitado para animar pequenos bailes na região. Em 1967, Chiquito, o irmão caçula de Gildinho e herdeiro da mesma paixão pela música, mudou-se para Erechim. Unindo forças, formaram a dupla “Gildinho e Chiquito”, que foi o embrião do conjunto musical Os Monarcas. Apresentaram, por 17 anos, diariamente, um dos mais populares programas de auditório da época, “Assim Canta o Rio Grande”, pela Rádio Erechim.
E se herdou a vocação de gaiteiro de seu pai, foi o conselho recebido de seu ídolo, Oneide Bertussi, que incentivou Gildinho a aprimorar a técnica instrumental, levando-o a dedicar-se, durante anos, ao estudo do acordeon, na Escola de Belas Artes Osvaldo Engel. Transformou-se em professor, atividade que exerceu durante anos, ensinando aos seus alunos xotes, vaneiras, bugios e, sobretudo, o respeito à música regional.
Em 1972, após anos animando bailes na região do Alto Uruguai, fundou, oficialmente, o conjunto Os Monarcas, dando início a uma trajetória de sucessos e reconhecimento ímpar no cenário da música gaúcha.
De fato, o conjunto Os Monarcas consolidou-se como um dos mais respeitados grupos da música regional do Brasil, importante não só pela extensa discografia (51 trabalhos), pelos discos de ouro conquistados (10), os inúmeros troféus, indicações e prêmios colecionados ao longo dos anos, mas, sobretudo, por manter em sua formação um grupo sólido e talentoso, com artistas impecáveis, exercendo inequívoco protagonismo na história da música gaúcha.
O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) também lamentou o ocorrido com o patrono dos Festejos Farroupilhas do Estado em 2013. “Gildinho foi uma figura fundamental para a música gaúcha e para a preservação da cultura e das tradições do Rio Grande do Sul. Sua dedicação e talento deram voz e identidade ao grupo Os Monarcas, que marcou gerações e se tornou um dos pilares da música regional gaúcha, levando nossas tradições aos palcos do Brasil e do mundo“, enalteceu a nota.
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