TARIFA

Sem subsídio, passagem de ônibus em Santa Cruz poderia chegar a R$ 7, alerta Agerst

Publicado em: 10 de março de 2025 às 18:01 Atualizado em: 10 de março de 2025 às 18:05
  • Por
    Nícolas da Silva
  • FOTO: ARQUIVO/PORTAL ARAUTO
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    O benefício, que tem como objetivo manter congelado o valor da tarifa, estava previsto para encerrar no dia 28 de fevereiro

    A Prefeitura de Santa Cruz do Sul anunciou uma nova prorrogação do subsídio ao transporte coletivo do município. O benefício, que tem como objetivo manter congelado o valor da tarifa, estava previsto para encerrar no dia 28 de fevereiro, mas, após reunião entre a administração municipal, o Consórcio TCS e a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst), foi decidido que o apoio financeiro se estenderá até o final de março.

    O presidente da Agerst, Astor Grüner, destacou que um grupo de trabalho está avaliando soluções para a questão. “A gente já vinha alertando, durante todo o ano passado, que a tarifa em vigor não suporta os custos do sistema. Por isso, existiu o subsídio, que foi concedido pela gestão anterior e terminou no final do ano. Alertamos a nova administração e, agora, a gestão vigente já prorrogou por dois meses e, recentemente, por mais um mês”, afirmou.

    Segundo ele, o grupo de estudos dentro da prefeitura analisa diversas alternativas, incluindo a continuidade ou redução do subsídio, ajustes na tarifa e até mesmo modificações nas linhas e horários para atender às demandas da população. “Toda linha ou horário adicional no sistema gera um custo, que precisa ser compensado de alguma forma”, pontuou.

    Tarifa poderia chegar a R$ 7 sem subsídio

    Grüner também apresentou uma projeção do preço da passagem de ônibus em Santa Cruz do Sul caso não houvesse o subsídio da Prefeitura. Segundo ele, o valor calculado com base na tabela Geipot, prevista no contrato vigente, gira em torno de R$ 7. “É um valor extremamente alto, que se torna proibitivo para os usuários e poderia reduzir ainda mais a adesão ao transporte coletivo”, alertou.

    O presidente da Agerst destacou ainda um fator crítico para a sustentabilidade do serviço: o volume de passageiros. Ele explicou que, para uma operação saudável financeiramente, seria necessário um fluxo mensal de cerca de 300 mil usuários. No entanto, atualmente, o número gira em torno de 220 mil passageiros por mês.