Conselho Tutelar combate consumo de álcool e energético por menores de idade

Vender bebida alcoólica e energético para menores de 18 anos é crime e o Conselho Tutelar de Vera Cruz, para conscientizar os donos e trabalhadores de estabelecimentos comerciais que vendem esses produtos, assim como os jovens sobre a proibição do consumo, deu início a uma campanha educativa neste período de férias e de verão, quando a ingestão é mais comum.

Ao oferecer cartazes em distribuidoras de bebidas, bares, mercados e estabelecimentos afins, o Conselho Tutelar busca explicar que vender, fornecer ou entregar bebidas alcoólicas ou energéticos a crianças e adolescentes é crime. O intuito, explica o conselheiro Jair Junior, é fomentar a campanha educativa com esta temática, de inibir a venda e o consumo, preservando a saúde dos jovens vera-cruzenses, e no segundo semestre adotar uma nova temática de abordagem, para que ao longo do ano, além dos trabalhos rotineiros do órgão que defende os direitos da criança e adolescente, esses assuntos venham à pauta.

JAIR E SANDRO COMEÇARAM A DISTRIBUIÇÃO DOS CARTAZES | DIVULGAÇÃO CONSELHO TUTELAR

Apesar da proibição do consumo de álcool a menores não ser novidade, o conselheiro Sandro Schipper aposta que muitos desconheçam que a venda e a ingestão de bebidas energéticas por menores de 18 anos também se enquadram nas restrições. Ainda que não tenha álcool na composição, a bebida pode causa diversos efeitos colaterais, como aumento da pressão arterial, taquicardia, alteração de humor, ansiedade, insônia, convulsão e outras mais.

A PL 455/2015 destaca que o consumo de energéticos em excesso ou por determinados grupos, especialmente crianças e jovens e por aqueles que têm tendência a arritmias pode provocar sérios danos à saúde. Os energéticos são ricos em cafeína, que é um estimulante do sistema nervoso e pode provocar o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, ampliando assim os grupos que não devem fazer uso, tais como os pacientes cardíacos, hipertensos e renais.

Ainda, segundo a lei, os especialistas informam que os riscos se ampliam, quando os energéticos são utilizados com bebida alcoólica, prática comum entre jovens. Outro aspecto preocupante no consumo de bebidas energéticas é o fato de ter forte potencial de causar dependência.

Os conselheiros Jair Junior, Sandro Schipper e Rosane Stein já receberam denúncias sobre o consumo de álcool e energético por menores de idade, o que fomentou a campanha de conscientização, especialmente sobre os energéticos e suas substâncias que podem causar dependência, disseram eles, o que é desconhecido por muita gente. “É um trabalho preventivo. Nossa ideia é espalhar as campanhas também para dentro das escolas, nos inserindo em reuniões, palestras, para um trabalho de educação amém da nossa rotina”, frisou Jair Junior.