Carine Goulart Schariff reforça a importância do acompanhamento profissional na alimentação
A busca por dietas rápidas e padrões alimentares da internet tem se tornado comum, mas pode trazer mais frustrações do que resultados positivos. Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, a nutricionista Carine Goulart Schariff afirmou que a melhor alternativa para uma alimentação saudável e equilibrada é a reeducação alimentar, realizada com acompanhamento profissional. Segundo ela, cada pessoa possui necessidades específicas, influenciadas por fatores como metabolismo, rotina e condições de saúde, tornando essencial a personalização do plano alimentar.
De acordo com a profissional, dietas restritivas podem levar a deficiências nutricionais e, muitas vezes, resultam no chamado efeito rebote, quando o peso perdido é recuperado rapidamente. Além disso, mudanças extremas costumam ser difíceis de manter, causando desmotivação e descontrole alimentar. A especialista afirmou que emagrecer não é o maior desafio, e sim a mudança de hábitos para garantir a manutenção do peso e da saúde a longo prazo.
“Não adianta fazer algo que seja muito estratégico e bonito, mas que na prática e na correria do dia-a-dia não é aquilo que a gente consegue seguir. O que vai acontecer? Outra frustração. Então, tudo é muito personalizado, individualizado, com muita escuta e acolhimento também, porque a gente tem que entender que dentro disso existe um sofrimento, de tentativas e de preocupação com a saúde”, salientou.
Outro ponto importante apontado pela especialista é a relação entre atividade física e alimentação. Ela destacou que muitas pessoas acreditam que o aumento da fome ao iniciar exercícios é um problema, quando, na verdade, pode ser um sinal de ganho de massa muscular. “A gente, às vezes, se apega muito ao número da balança, só que temos que avaliar a composição física da pessoa. Por exemplo, uma pessoa pode ter 80 quilos e a outra também, só que uma é 80 quilos com massa muscular e a outra 80 quilos apenas com gordura. Então, dá essa sensação de que na balança quando começa a fazer atividade física não baixa, porque na verdade a gente está tendo um aumento de massa muscular, mas o mais importante está acontecendo que é a queima de gordura”, explicou.
Para tornar a alimentação saudável mais acessível, a nutricionista sugeriu adaptar pratos tradicionais, substituindo ingredientes por versões mais nutritivas sem abrir mão do sabor. Pequenas mudanças, como optar por pães integrais e preparações assadas em vez de fritas, podem transformar a dieta sem causar a sensação de privação, fator que muitas vezes leva ao descontrole alimentar. “Quando começa uma reeducação alimentar se está muito focado, mas tem como transformar alguns itens que sempre são chamados de vilões. A gente trabalha pela visão de que vamos fazer com que você não perceba que está sendo retirado alimentos, transformando para uma forma mais saudável, ao invés de ser frito, quem sabe a gente faz assado? Existem inúmeras formas de a gente fazer com que a pessoa olhe para esse aspecto mais saudável”, disse.
A especialista alertou ainda que a educação alimentar deve começar desde a infância, pois hábitos adquiridos na juventude impactam a saúde na vida adulta. De acordo com ela, o aumento da obesidade infantil reflete a alimentação das famílias, tornando fundamental o incentivo ao consumo de frutas, verduras e alimentos naturais desde cedo. “O ideal é incorporar isso na infância, porque depois na fase adulta é mais complicado conseguir se readaptar a toda uma alimentação”, concluiu.
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