Política

Fusão de partidos pode unir grupos políticos diferentes em Santa Cruz

Publicado em: 08 de março de 2025 às 16:50
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fusão mudaria configuração da Câmara de Vereadores de Santa Cruz | Foto: Jacson Miguel Stülp/Assessoria de Imprensa
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    Atualização mais recente sobre o processo ocorreu durante uma entrevista do presidente nacional do PDSB, Marconi Perillo

    A possível fusão do PSDB com outra sigla pode influenciar no cenário político de Santa Cruz do Sul. O partido do governador Eduardo Leite busca um caminho por conta da cláusula de barreira, mecanismo que exige um número mínimo de votos que os partidos precisam alcançar nas eleições para a Câmara dos Deputados para ter direito a fundo partidário e tempo de TV. A atualização mais recente sobre o processo ocorreu durante uma entrevista do presidente nacional do PDSB, Marconi Perillo, ao portal Metrópoles.

    O futuro do partido pende, hoje, para uma fusão com o Podemos, o partido que mais cresce no país. Em Santa Cruz, o principal nome do Podemos é a presidente da Câmara de Vereadores, Nicole Weber. Além dela, Daiton Mergen, que contava com uma cadeira no último mandato e hoje é secretário no governo de Sérgio Moraes, é outra liderança que se destaca. Pelo lado do PSDB, duas figuras também podem ser citadas – Licério José Agnes, que está no terceiro mandato, e Gerson Trevisan, que foi vereador de 2013 a 2024.

    Um fato que chama atenção é que os partidos envolvidos na possível fusão, feita quando um ou mais partidos deixam de existir para a formação de uma nova legenda, estão em lados opostos na política municipal desde a fundação do Podemos em Santa Cruz, no início do ano passado. O PSBD participava do grupo de Helena Hermany e apoiou a ex-prefeita na busca pela reeleição. Já o Podemos era oposição e participou das ações de campanha de Sérgio Moraes, que hoje lidera as atividades no Executivo.

    A fusão das siglas também aumentaria a representatividade do possível novo partido na Câmara de Vereadores. Podemos e PSDB tem, cada um, uma cadeira. A união aumentaria o número para duas e colocaria o grupo como terceira maior bancada, ao lado do Republicanos, que tem a mesma quantidade. O partido ficaria atrás do PL, que tem cinco, e PP, que garantiu três cadeiras nas últimas eleições municipais. Hoje, além do PSDB e do Podemos, outros cinco partidos tem um vereador – PDT, Novo, União Brasil, PT e PSB.

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