Professor Cleber defende a criação de um fundo garantidor, que poderia ser financiado com recursos já destinados ao setor e com contribuições empresariais
O vereador Professor Cleber Pereira propôs a abertura de discussão sobre a implantação da tarifa zero no transporte coletivo urbano de Santa Cruz do Sul. A proposta surge em meio ao reajuste da tarifa da passagem de ônibus, aprovado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst), que elevou o valor de R$ 4,45 para R$ 7,15. No entanto, o município deve subsidiar parte do aumento, reduzindo o valor final para R$ 5,50.
Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o parlamentar explicou que a tarifa zero poderia ser uma solução para aumentar a adesão ao transporte público, reduzir o trânsito e melhorar a mobilidade urbana. Professor Cleber destacou que, após a pandemia, muitos passageiros migraram para alternativas como aplicativos de transporte e motocicletas, reduzindo a demanda pelo transporte coletivo. “Com certeza a comunidade iria voltar a utilizar muito mais o transporte público coletivo“, afirmou.
Para viabilizar o projeto, o vereador defende a criação de um fundo garantidor, que poderia ser financiado com recursos já destinados ao setor e com contribuições empresariais. “Hoje o município já aporta em torno de 300 mil reais para o transporte público coletivo, para não subir a passagem. O empresário muitas vezes paga o vale-transporte para os seus funcionários. Nesse sentido, nós temos uma ideia de aportar esse valor num fundo municipal para que venha complementar o fundo garantidor da passagem em Santa Cruz do Sul“, apontou.
Segundo o político, ele está estudando modelos adotados em outras cidades, como Parobé, onde deve realizar uma visita no próximo mês e estudar a implantação da tarifa zero no município. Além disso, Pereira apontou problemas na planilha de custos do transporte coletivo de Santa Cruz, questionando a contagem de viagens em horários de baixa demanda. Ele pretende solicitar uma audiência pública para discutir os dados com a comunidade, o Consórcio TCS e o Executivo Municipal. “A gente vê que esses números hoje infelizmente não fecham”, concluiu.
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