Passados seis meses da enchente histórica, também são marcantes cenas de retomada, como o primeiro pouso no aeroporto, há duas semanas
Passados seis meses da enchente que entra para a história do Rio Grande do Sul, ainda que sejam inesquecíveis as cenas de destruição ocasionadas pela força das águas, a reconstrução do Estado, ao longo desse período, também é marcante. Um dos momentos mais recentes foi na manhã do dia 21 de outubro, quando o primeiro avião comercial tocou o solo de Porto Alegre desde as enchentes de maio. Nele estava o co-piloto Henrique Schneider, gaúcho de Ivoti.
Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, na manhã desta segunda-feira (4), Henrique Schneider destacou que o sonho de voar e fazer disso sua profissão o acompanha desde criança. “Não me lembro de pensar e querer outra coisa. Vem de pequeno”, destaca o jovem que esteve no momento emblemático no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, neste voo especial da retomada.
Após se formar no Ensino Médio e atuar em outros segmentos, houve planejamento e organização familiar para conseguir realizar os cursos de aviação e em paralelo cursar uma faculdade. Agora, duas semanas do primeiro voo de retorno às atividades do Salgado Filho, o co-piloto que atua na empresa desde julho se mostra feliz por ter sido agraciado com essa oportunidade de integrar um voo tão significativo para o Rio Grande do Sul.
Henrique reconhece o período crítico vivido pela população gaúcha, mas acredita que o voo é como se fosse um recomeço. “Tínhamos muitas imagens de casas invadidas pela água. Muita tragédia, o Estado demorando para se recuperar e o aeroporto também, foi o último a retornar. A imagem física das enchentes sai e entra a fase de recuperação, fica o sentimento de resiliência”, considera, sem esquecer a cena emblemática da bandeira do Rio grande sendo colocada para fora da janela, num momento de emoção e de mostrar mais um símbolo dessa recuperação.