Fim de ano é momento de reflexão, planejamento e resoluções para um novo ciclo

Com a chegada do fim do ano, muitas pessoas são tomadas por sentimentos de avaliação, renovação e ansiedade sobre o que está por vir. Segundo a psicóloga do Hospital Ana Nery, Tauane Schroeder, essa é uma época importante para reflexão e planejamento de metas para o próximo período.

Para marcar o encerramento de um ciclo e a abertura de outro, é comum que a população trace objetivos que quer conquistar durante os próximos 365 dias. A profissional afirma que as resoluções de fim de ano são compromissos com o propósito de entender o que fazer para melhorar a vida. “Ciclos são importantes para nós enquanto seres humanos, para o desenvolvimento e crescimento pessoal. Quando estabelecemos metas, buscamos crescer, ter a oportunidade de se desenvolver e melhorar nos diferentes âmbitos da nossa vida”, explica.

Porém, Tauane destaca um estudo realizado na Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), que aponta que somente 8% das pessoas conseguem cumprir suas metas de ano novo. Ela aponta que isso ocorre por vários fatores, como por exemplo falta de planejamento, metas irreais, ausência de apoio e perda de motivação ao longo do tempo. Assim, para conseguir manter as metas e encontrar um direcionamento para a vida, a psicóloga apresenta dicas:

• Defina poucas metas e ajuste com as expectativas: foque em suas prioridades e ajuste conforme a realidade;
• Estabelecer metas realistas: objetivas, alcançáveis e com prazos claros;
• Valorizar pequenas conquistas: celebrar o progresso para manter a motivação;
• Contar com uma rede de apoio: amigos, familiares e até mesmo profissionais podem auxiliar;

A psicóloga ressalta que além de grandes objetivos é necessário estabelecer metas de curto prazo, pois a realização das mesmas promoverá satisfação e bem-estar, além de aquisição de autoconfiança e motivação.

De acordo com a profissional, as metas servem como um direcionamento para alcançarmos o que desejamos em nossa vida. Alerta, porém, para às autocobranças excessivas, que podem tornar as resoluções de final de ano em promessas, e gerar grandes frustrações se não forem atingidas. “Promessa parece algo muito duro, de obrigação, e [as resoluções] não é para ser. A ideia é parar e refletir: o que preciso mudar em minha vida? Se vai acontecer ou não, não sabemos, mas é um direcionamento que vai nos ajudar nesse processo”, diz

Por fim, Tauane destaca a importância de valorizar o presente e as conquistas já realizadas. “A gente precisa comemorar. Se não ficamos sempre em uma busca incessante por aquilo que nos falta, mas e o que a gente já conquistou?”, conclui.