Locais destruídos e placa de 'vende' são comuns e integram a nova paisagem
Um ano após a enchente que atingiu o Balneário Porto Ferreira, em Rio Pardo, as marcas da ainda são visíveis. Em ao menos dez pontos da localidade, os vestígios das casas destruídas pela força do Rio Jacuí — como restos de tijolos e estruturas de janelas e portas — seguem expostos, como memória do desastre de abril e maio do ano passado.
Além dos terrenos onde a reconstrução ainda não começou, também é possível ver placas de venda em imóveis que foram menos afetados. Segundo moradores, cerca de 20% das pessoas que possuíam casas no balneário decidiram deixar a área após a enchente. A maioria utilizava os imóveis como espaços de lazer, especialmente durante férias e fins de semana. Apesar da destruição visível, muitos proprietários já concluíram reformas ou estão em recuperação.
É o caso de Édson Bittencourt. A residência de dois pavimentos foi totalmente destruída, com a parte superior inclusive tombando. “Fiquei meio decepcionado. Achei que não retomaria, mas tive coragem. Estou na quarta semana reconstruindo. Gosto muito do Porto Ferreira, de passar o inverno. Vai dar para todos reconstruírem. Só ter um pouco de força de vontade”, afirmou. A previsão é que a nova casa fique pronta em até dois meses.
Apesar dos esforços individuais, espaços de convivência comunitária seguem fechados e sem perspectiva de reabertura. Locais emblemáticos para encontros e eventos, como o antigo bar do Backes, que vinha sendo administrado por um novo grupo próximo ao rio, e o Clube Náutico Porto Ferreira, mais afastado da margem, continuam inativos.
Ficou interessado e quer saber mais? Esse é um dos pontos abordados no podcast que o Grupo Arauto produziu sobre o primeiro anos das enchentes em Rio Pardo. Ouça:
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