Às mulheres frágeis
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Às mulheres frágeis


Publicado 08/03/2018 13:41
Atualizado 08/03/2018 13:57

Hoje em dia está na moda gritar aos quatro ventos sobre como a mulher conquistou seu espaço, é forte e corajosa. Tudo isso é muito bom. Mas, não vejo problema na fragilidade feminina. Na inocência e nos bons costumes. Que bom que estamos mais corajosas, mas tudo bem sentirmos medo. Hoje, no Dia Internacional da Mulher, a minha homenagem é para todas aquelas que não se sentem representadas por essa imagem indestrutível da mulher moderna.

O meu parabéns de hoje é para as mulheres que cuidam da casa, do marido e das tarefas domésticas, sem receio de serem chamadas de submissas. A sociedade moderna espera da mulher uma negação a esses hábitos antigos. Mas, você não precisa agir como a maioria. Não é feio sonhar com um casamento tradicional. Não é feio querer cuidar do marido. Não é feio ficar em casa organizando a casa. Não é feio sonhar com vários filhos. Você que faz tudo isso, vai aí o meu recado: Eu te admiro.

Você não é uma mulher inferior por não ser ousada, por não se meter nos negócios ou não controlar as despesas da casa. Você é maravilhosa por sua sensibilidade, por cuidar da casa e trabalhar por ela. Quando pergunto a profissão a uma entrevistada e ela me responde que é “apenas” dona de casa, eu gosto de lhe lembrar: “Apenas? Com certeza trabalha mais do que eu”.

Eu admiro muito as mulheres empreendedoras, de sucesso e que realizam trabalhos até então masculinos. Eu admiro quem luta por seus direitos e pede mais igualdade. Mas, eu não entendo porque julgar como errado quem decidiu ter a vida que sempre sonhou. Afinal, para ser uma mulher feliz, você não precisa agradar a sociedade. Você precisa agradar o seu coração.

Não deixe que lhe digam que você é menos por se importar demais com seu marido ou com seu companheiro. Não deixe que sua tarefa doméstica seja julgada como simplória, sabendo a luta diária de deixar uma casa bem organizada. O que você faz é maravilhoso.

O mundo está chato. A sociedade admira quem decide ser autossuficiente, independente e não ter sonhos de menina. Ignore tudo isso. Seja quem você quiser. Você pode sim ser uma ativista da causa, lutar pelo espaço da mulher e ocupar os cargos que tiver vontade. Mas, não se importe por não se importar. Viva e sorria, seja você mulher ativista, mulher da roça ou mulher bela, recatada e do lar.


Às mulheres frágeis








Luiza Adorna Jornalista, sonhadora e escritora. Apaixonada pelas letras e pelo jornalismo desde criança. Gosta de observar a vida e registrar o que enxerga pelas ruas. Gosta de contar a história das pessoas. Gosta de narrar a existência humana. Notas de Rua é um blog sobre a vida, sobre o cotidiano e sobre aquilo que não deve passar despercebido.